sábado, maio 24, 2025

Falar português se torna um diferencial no mercado de trabalho

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Os artigos da equipe pública do Brasil estão escritos na variante de idioma português usado no Brasil.

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Que o domínio do inglês é fundamental para quem procura internacionalização na carreira, não há dúvida. Mas em um mundo cada vez mais conectado, falar português pode ser um diferencial. É isso que Paula Kasperian, diretora de expansão internacional do Leão Group Global, uma empresa especializada na alocação de profissionais nos principais mercados do planeta. “Com tantas pessoas do Brasil, Portugal e outros países de lushofonia emigrando, há uma demanda crescente por pessoas que dominam português”, diz ele. Para ela, isso é claro, por exemplo, nos Emirados Árabes Unidos, que procuraram profissionais fluentes na língua de Camões para ocupar posições em várias áreas.

Foi esse mercado para palestrantes em português que levaram o Lion Group a abrir uma unidade em Dubai. “Fomos procurados por empresas brasileiras que estão se estabelecendo nos árabes unidos por causa das vantagens fiscais. E sempre há o requisito de que os profissionais que eles desejam contratar falam português”, diz ele. CEO do Lion Group, Leonardo Leão ressalta que atualmente existem cerca de 10.000 brasileiros que vivem apenas em Dubai, além dos milhares de turistas que viajam para lá todos os anos. “Portanto, você precisa ter palestrantes em português para servir esse público”, ele alterou.

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Para Leonardo, os portugueses não devem ser subestimados quando se trata de diferencial profissional. “Aprendi isso quando fiz meu mestrado nos Estados Unidos. Na primeira aula, quando me apresentei, pedi desculpas pelo meu inglês, o que o professor chamou minha atenção e enfatizou que, lá, todo mundo falava inglês e nenhum dos meus colegas seria capaz de falar comigo no meu idioma. “Naquele dia, aprendi a lição, mas sempre enfatizando que também é necessário dominar o inglês”, diz ele.

Os executivos do Lion Group, Paula Kasparian, Leonardo Leão (para o centro) e Átil Barboza trabalham com a alocação de profissionais em todo o mundo. Eles enfatizam a importância de falar português Arquivo pessoal

Paula ressalta que, de olho nos profissionais de língua portuguesa e têm um perfil globalizado, o Lion Group acaba de abrir sua base em Portugal. “É visível que Portugal esteja incentivando a vinda desses profissionais. Eles são principalmente especialistas em saúde, tecnologia e engenharia, que podem escolher onde querem morar”, diz ele. Leonardo Leão chama a atenção para o crescente número de mulheres que desejam deixar seus países de origem para experimentar a vida em outras partes do mundo. “Mesmo, eles decidem se a família mudará ou não o país”, acrescenta.

O português é fundamental

Responsável pela área de Recursos Humanos da Mela Tecnologia, Regina Bronstein diz que a unidade da empresa em Portugal prioriza a língua portuguesa ao contratar profissionais. Não por acaso, 60% dos funcionários são brasileiros e os demais, portugueses. “Somos procurados por pessoas de outra nacionalidade, como índios e ucranianos, que dominam o inglês, mas precisamos daqueles que falam português, porque nossos clientes estão no Brasil – a sede da empresa está em Campinas, interior de São Paulo – e em Portugal”, diz ele.

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Ela reconhece que não foi fácil preencher as vagas abertas. “De janeiro a aqui, entrevistei mais de 200 profissionais, metade deles, português, que desejam se conectar com outras culturas”, ele detalha. Ele avança: “O domínio do inglês não é tudo em nossa visão. É necessário ter atitude e competência técnica. E não há sentido em ter o domínio do inglês se não tivermos uma mente aberta. Vemos o profissional de hoje como astronauta, que olha para a Terra de cima, com toda a sua diversidade”. A empresa está sempre por trás dessas pessoas, diz ele.

A melancia nasceu no Brasil em 2013 e pousou em Portugal seis anos depois, mas era de 2023, já com a pandemia do novo coronavírus superado, que ganhou força em solo português. Segundo seu fundador, Marcos Barrosa, o crescimento das operações em 2024 em comparação com o ano anterior foi de 89%. “Estamos orgulhosos de ver a melancia crescer e se consolidar no mercado europeu, oferecendo oportunidades de emprego desafiadoras e enriquecedoras para profissionais tecnológicos. Nosso objetivo é continuar investindo em Portugal, trazendo inovação e contribuindo para o desenvolvimento do país”, diz ele. A empresa agora está se preparando para entrar no mercado espanhol, que exigirá mais profissionais que falam português.

Mercado dinâmico

Comece o CEO! Seja global, Flávio Peron afirma que o mercado de trabalho em Portugal está passando por um momento dinâmico e estratégico, atraindo talentos estrangeiros, especialmente o movimento brasileiro impulsionado pela digitalização da economia. “A demanda por profissionais globais, preparada para trabalhar em contextos multiculturais nunca foi tão alta”, diz ele. Segundo ele, as empresas portuguesas valorizaram profissionais com visão internacional, como domínio de idiomas, habilidades digitais e adaptabilidade.

A especialista em recursos humanos, Sara Vargas, diz que o domínio dos portugueses abre portas no mercado de trabalho, mas é necessário ser global Arquivo pessoal

“Experiência anterior no exterior, inteligência emocional, pensamento analítico e fluidez na comunicação são diferenciais decisivos nos processos de seleção”, lista Peron. “Estamos falando de talentos que unem a excelência técnica e o comportamento profissional alinhado com as demandas de um mercado cada vez mais conectado ao mundo. E isso vale para grandes corporações, expandindo startups e negócios tradicionais que estão se modernizando”, acrescenta ele.

Especialista em Recursos Humanos, Sara Vargas, co-fundador e parceiro assistente da Just Vargas, diz que o mercado de trabalho passou por grandes transformações e que os bons profissionais não querem mais ser empregados na mesma empresa há muito tempo. Ela ressalta que esse destacamento é frequentemente confundido com a escassez de talentos. “As pessoas não aceitam mais o modelo clássico de trabalho, recusam ambientes tóxicos, querem fazer o que realmente gostam em um mundo globalizado”, diz ele.

Para ela, como português é uma das línguas mais faladas do planeta, é natural que as empresas preferam em algumas áreas para aqueles que dominam o idioma. “E a busca por essas pessoas tende a crescer”, ele acredita. “Mas, novamente, independentemente do treinamento, as pessoas estão priorizando o propósito da vida. E há várias profissões emergentes em segmentos como saúde, educação e tecnologia da informação (TI). Tudo isso exigirá profissionais preparados para as novas formas distópicas de viver”, diz ele.

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