Pela primeira vez, um chanceler da Alemanha não foi eleito após a primeira votação secreta em Bundestag. Havia um acordo, mas alguém não o cumpriu. Somente isso é novidade; Além do candidato em questão, o conservador Friedrich Merz se apresentou ao país e à Europa como uma figura de estabilidade.
Merz acabou sendo eleito para a segunda tentativa e dirige outra “grande coalizão” entre a CDU e o SPD no principal mecanismo econômico europeu. À frente, em oposição, enfrenta um AFD muito reforçado, recentemente rotulado como um “extremista” e “ameaça à constituição” pelo segredo interno alemão.
No episódio desta semana de podcast Diplomatas, Madalena Meyer Resende, especialista em política alemã e professora da nova faculdade de ciências sociais e humanas, ajuda a explicar os planos, desafios e os principais caras do novo governo alemão, enquanto analisam o “fiasco” da primeira votação.
A jornalista Teresa de Sousa, comentando sobre política externa que será seguida de Berlim, acredita em reforçar o eixo franco-alemão e diz que Merz “quer ser um chanceler da Europa”.
Neste programa, também conversamos sobre as comemorações do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, na Europa (quinta -feira) e na Rússia (sexta -feira), em um contexto do resfriamento das relações transatlânticas e, de acordo com Madalena Resende, com a busca contínua de Kremlin para legitimar a invasão da Ucraína.
A presença esperada de Lula da Silva (Presidente do Brasil), Xi Jinping (Presidente da China), Nicolás Maduro (Presidente da Venezuela) e Robert Fico (Primeiro Ministro da Eslováquia), entre outros líderes mundiais, no “Dia da Vitória”, merece uma nota crítica de Teresa de Sousa.
Texto de António Saraiva Lima