“Estendemos nossos parabéns ao cardeal Robert Prevost por sua eleição como um novo papa”, disse o porta -voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em entrevista coletiva.
“Esperamos que, sob sua liderança, o Vaticano continue a manter um diálogo construtivo com a China, aprofundar a comunicação sobre questões internacionais de interesse comum e trabalhar junto conosco para promover a melhoria contínua dos relacionamentos”, acrescentou.
Lin também mencionou que Pequim quer que ambas as partes contribuam “para a paz, a estabilidade e a prosperidade global”.
As duas organizações católicas chinesas apoiadas por Pequim, a Associação Patriótica Católica Chinesa e a Conferência Episcopal da Igreja Católica na China, também parabenizaram a eleição de Robert Francis Prevost como um novo pontífice.
Ambas as organizações enviaram uma mensagem de parabéns ao novo papa, de acordo com a agência de notícias oficial Xinhua.
As igrejas católicas no país asiático precisam se registrar e funcionar sob os propósitos da Associação Patriótica Católica, uma organização supervisionada pelo Departamento de Frente Unido do Partido Comunista, que o Vaticano não reconhece.
Durante décadas, a nomeação de bispos foi um ponto de discórdia entre o Vaticano e a China, que não têm relações diplomáticas.
Mas uma aproximação sem precedentes entre o Vaticano e a Popular República da China nos últimos anos resultou em um acordo histórico sobre a nomeação de bispos católicos chineses.
O regime comunista manteve a autoridade para propor os nomes dos candidatos aos bispos, mas agora é o papa que tem a palavra final e pode aprovar ou recusar a nomeação.
Os críticos do acordo afirmam que isso é uma “traição” para os católicos chineses que permaneceram fiéis ao Vaticano, enquanto grupos de direitos humanos acusam Pequim de tirar proveito do pacto para realizar uma ofensiva para desmontar as igrejas “clandestinas”, que operavam fora do poder do regime.