sexta-feira, julho 11, 2025

A indústria portuguesa polui mais a riqueza que gera

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Para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Francisco Manuel Dos Santos Santos Foundation Statistic Information Bank – Pordata – coletou uma série de dados que nos ajudam a descrever um possível retrato ambiental de Portugal. Os indicadores mostram um país cada vez mais quente e onde mais e mais energia é produzida (e mais lixo também).

Comparado ao contexto europeu, nossa indústria é a que mais polui ao ar, considerando a riqueza que gera. Portugal emitiu 2,24 gramas de partículas finas Para cada euro gerado pelo setor industrial, cem vezes maior que o registrado na Alemanha.

O relatório de Pordata, publicado na sexta -feira, concentra -se em quatro áreas: produção, consumo e dependência energética; Proteção ambiental; Temperatura do ar e chuva e, finalmente, configuração e proteção do território. É isso que os dados precisam nos dizer sobre a realidade ambiental portuguesa. Existem várias falhas, mas também algum progresso.

Nós poluímos muito para a riqueza produzida

Em 2022, Portugal emitiu 2,24 gramas de partículas finas para cada euro gerado pela indústria. Esse valor é cem vezes maior que o registrado na Alemanha. O desempenho português mostra que a poluição da origem industrial que enviamos para a atmosfera nem sequer é compensada pela riqueza gerada no país. “As indústrias que mais contribuem para essa disparidade são a indústria química e química e de papel”, lê o relatório Pordata.

As partículas finas são pequenos fragmentos sólidos (ou líquidos) suspensos no ar, com um diâmetro igual ou inferior a 2,5 microímetro. É uma dimensão tão pequena que essas partículas podem atingir os pulmões e até entrar na corrente sanguínea. Esses poluentes estão associados a vários problemas de saúde pública, como doenças cardiovasculares e respiratórias.

Menos gases de efeito estufa

Há boas notícias também. Portugal tem sido um “bom aluno” em relação à redução de emissões de gás com estufa (aqueles responsáveis ​​pela crise climática atual). Em 2023, o documento refere -se, o valor per capita de emissões era equivalente a cinco toneladas de dióxido carbono (CO2). Em 1990, as emissões totalizaram 5,9 toneladas, atingindo oito toneladas em 2000, quando começaram a diminuir.

Esse desempenho coloca Portugal em terceiro lugar entre as emissões mais baixas da União Europeia. Esta lista é liderada por Malta e Suécia, que possuem 4,1 e 4,2 toneladas de CO2 por habitante, respectivamente.

Outra notícia positiva vem do domínio da mobilidade. A nova frota de carros em Portugal lança quase metade do CO2 que os carros emitidos no início do século: passamos de 169 gramas por quilômetro em 2000 a 90 gramas por quilômetro até 2023. O CO2 é um dos principais gases de efeito estufa.

“Esta é uma tendência comum para os países da União Europeia, com ênfase particular nos seis primeiros lugares, nos quais Portugal está incluído: não apenas os valores mais baixos, mas também têm mais reduzido desde 2000”, diz Pordata.

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Os resíduos urbanos dobraram desde 1995

O lixo que a sociedade portuguesa produz não parou de aumentar nas últimas duas décadas. E, atualmente, mais da metade (54%) do total de resíduos gerados vai para aterros sanitários que estão quebrando e cuja capacidade tende a esgotar brevemente. Desde 2020, Portugal faz parte da lista de dez países da União Europeia em que essa porcentagem é maior.

Em 2023, Portugal descartou 5,6 milhões de toneladas de resíduos – o que significa que cada habitante produz uma média diária de 1,4 quilos, “mais que o dobro do valor registrado em 1995”, de acordo com o relatório de Pordata.

A energia produzida no país dobrou

Com o grande “impulso” das energias geradas a partir de fontes renováveis, a produção nacional de energia em Portugal mais que dobrou desde 1990. Esse aumento notável, que ocorre em um contexto em que a produção de energia na maioria dos países da União Europeia diminuiu, no entanto, suficiente para atender às necessidades nacionais. Portugal gera apenas um terço da energia que consome.

Apesar desse excelente desempenho, Portugal continua a ter uma dependência média européia acima – com a redução de 18 pontos percentuais em comparação com a dependência portuguesa registrada no início deste século.

Liderança em proteção marinha

O relatório Pordata também destaca o fato de que Portugal pode “se tornar o país da União Europeia com a maior extensão de áreas marítimas protegidas”, totalizando mais de 300.000 quilômetros quadrados.

Esse aumento deriva de novas áreas do parque natural de Marinho de Recife do Algarve (Pedra do Valado) e da revisão do Açor Marine Park. Espera -se que o diploma entre em vigor em setembro, quando o país terá protegido 19% das águas territoriais.

Em relação à terra, Portugal possui 22,4% da superfície classificada como uma área protegida – através da legislação ou por integração na rede natural. Comparado ao contexto europeu, por exemplo, Portugal é um dos países com mais terrenos revestidos por arbustos e menos área dedicada à agricultura.

Um país muito mais quente

As estações meteorológicas de Bragança, Castelo Branco, Lisboa, Beja e Funchal registraram temperaturas que, quando adicionadas em termos de médias, indicam “um padrão comum de aquecimento do início dos anos 2000 em comparação aos anos anteriores”. Esta observação é válida para temperaturas máximas e mínimas e temperatura média.

“A diferença na década de 1960 se aproxima dos três graus Celsius em Bragança até a temperatura máxima e supera os dois graus Celsius em Funchal até a temperatura média”, lê no relatório Pordata.

Em relação à precipitação, o documento indica que não há “uma tendência clara nos últimos 60 anos, alternando entre mais e menos períodos chuvosos”.

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