O Representante da República dos Açores, Pedro Catarino, defendeu na terça -feira, 10 de junho, que o presidente do executivo das Açoreanos deve participar de reuniões do Conselho de Ministros, especialmente em tópicos como marinho, finanças regionais e segurança.
“Uma participação do presidente do governo regional nas reuniões do Conselho de Ministros, com regularidade pré-estabelecida, seria, na minha opinião, um passo em boa direção”, disse Pedro Catarino, no discurso das celebrações do Dia de Portugal em Angra do Heroísmo.
Entre as questões que “merecem atenção conjunta muito particular”, disse o mar, finanças regionais e áreas de segurança e defesa.
O representante da República enfatizou que “a unidade do Estado e a autonomia da região coexistem e são perfeitamente conciliáveis”.
“Eu sempre argumentei como reforçado, em termos eficazes, diálogo e consulta mútua entre o governo regional e o governo da República, não apenas para a conquista dos interesses da região, mas também pela definição de políticas nacionais”, disse ele.
Para terminar o terceiro mandato, Pedro Catarino disse que sempre procurou que o exercício de suas responsabilidades fosse “prudente e atencioso, protegendo os interesses do país e da região”.
“Eu nunca parei de ouvir a voz dos azoreanos e nunca deixei de consultar os órgãos de energia regional e sempre tentei favorecer e defender os interesses da região, convencido de que estava favorecendo os interesses do país como um todo”, disse ele.
Nesses anos, acrescentou ele, manteve “um relacionamento correto, cordial e cooperativo” com os órgãos de poder dos Açores.
“Eu nunca tentei interferir no exercício de suas competências e responsabilidades, dentro do princípio auto -governamental do auto -governo, consagrado na Constituição. Sempre evitei criticar ou comentar sobre suas opções políticas ou a expressão de suas opiniões”, disse ele.
Em um discurso com um destaque para a guerra, Pedro Catarino enfatizou que a nova ordem internacional em nível européia “resultará de como acabar com o conflito da Ucrânia”, acrescentando que “Infelizmente, a paz na Europa deve ser considerada um fato adquirido”.
A União Europeia, ele argumentou, “não tem alternativa às suas atuais vulnerabilidades e insuficiências e a atitude americana, mas para reforçar sua capacidade de defesa coletiva e fornecer os meios necessários para garantir sua autonomia estratégica”.
“Em relação aos Açores, o novo contexto e as novas ameaças estão focadas na importância estratégica do arquipélago e seu papel na segurança internacional e, na minha opinião [aliança atlântica] e a UE [União Europeia]”Ele avisou.
Catarino, que foi embaixador português nos Estados Unidos, entre 2002 e 2006, considerou que os Açores constituem o vínculo mais relevante na relação bilateral entre os dois países e que tudo deve ser feito para continuar.
“É essencial que possamos reforçar a vigilância de uma extensa zona marítima com cooperação americana e que temos presença de nossa soberania. Portanto, precisamos de infraestrutura moderna e adequada e recursos humanos qualificados para que possamos executar nossas responsabilidades”, disse ele.
Na sua opinião, o reforço de meios militares nos Açores deve ser considerado e, ao mesmo tempo, “as etapas diplomáticas devem ser desenvolvidas para que a OTAN e a UE possam ser constituídas parceiros” desse esforço.
Pedro Catarino argumentou que eles devem ser “apoiados com o maior vigor”, como o Atlantic Center, cuja sede deve ser transferida para a ilha de Terceira, conforme planejado, “para lhe dar um novo ímpeto que parece bem necessário”.
Ele também destacou o “papel importante” dos Açores no setor espacial, propondo que o recente consórcio das três maiores empresas de defesa européia para lançar foguetes e a colocação de satélites no espaço é atraída para a ilha de Santa Maria.