Citado pela BBC, essa fonte revelou que “o compositor e o poeta morreram em silêncio na segunda -feira em Londres, na companhia dos entes queridos”.
Alfred Brendel, nascido em 5 de janeiro de 1931 na antiga Tchecoslováquia e foi naturalizado austríaco, se despediu do palco em 2008 com uma série de shows que incluíam Portugal, encerrando uma carreira de mais de 60 anos.
Brendel estudou piano, composição e direção da orquestra em Zagreb (Croácia) e Graz (Áustria) e sua carreira internacional começou depois de ser premiada em 1949 no concurso de Busoni.
Ele foi o primeiro pianista a fazer a gravação completa das obras para o piano de Beethoven, sendo um dos intérpretes mais elogiados do trabalho desse compositor, bem como Mozart, Haydn e Schubert.
Alfred Brendel, que se estabeleceu em Londres na década de 1970, recebeu diplomas honorários de várias universidades, incluindo Oxford, Harvard e Yale. Em 1998, ele foi nomeado membro honorário da Orquestra Filarmônica de Viena. Em 2022, ele foi reconhecido com seu doutorado `Honoris Causa` em cartas, da Universidade de Lisboa.
Na turnê internacional de despedida em 2008, Alfred Brendel tocou na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, jogando obras de Haydn, Mozart, Beethoven e Schubert. Este ano, o Prêmio de Carreira Herbert von Karajan na Alemanha recebeu na Alemanha.
Apesar de estar longe do palco -e sofreu uma perda progressiva de audição -Afred Brendel permaneceu ativa em contato com o público em conferências sobre leituras de música ou poesia.
O pianista é o autor de poesia e ensaios, que revelou não apenas o senso de humor, mas um vasto conhecimento sobre assuntos que não sejam a música. Ele publicou, entre outros, o livro de poesia “One dedo demais”, a compilação de ensaios e leituras “Música, sentido e bobagem” e “um pianista AZ”.
Em 2021, Alfred Brendel foi homenageado pelo Festival de Capuchinho em Almada e foi convidado para a conferência “My Musical Life” em seu curso artístico, acompanhado por seu filho, o violoncelista Adrian Brendel.