O plano de gestão aponta para Rua da Sofia como o principal desafio dos próximos dez anos, em comparação com o patrimônio descartado e o transporte pesado, e avisa sobre o processo de gentileza da Coimbra superior.
A primeira versão do Plano de Gerenciamento da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia foi apresentada na terça-feira na sala do Senado, alertando algumas ameaças àquele bem classificado como uma herança mundial. O coordenador científico do plano, Luísa Trindade, disse que Rua da Sofia é o principal desafio dos próximos dez anos, considerando que não se pode perder outra década com a rua “como é”, defendendo um “compromisso da cidade e da universidade”.
Na apresentação do plano, o professor da Faculdade de Cartas caracterizou Rua da Sofia como uma estrada com “trânsito intenso e rápido”, “passeios parcialmente ocupados por estacionamento inadequado”, hostil à mobilidade de pedestres, pouco qualificados e escassos, uma “porcentagem significativa de imóveis vagos”, más habitações e “descontados”. “Esta é uma rua de canal, circulação rápida e eixo focal frontal. Ninguém olha para a herança”, notou ele.
Para os jornalistas, no final da sessão, o coordenador do plano disse que é necessário envolver as comunidades da própria rua, mas observou que a ação principal não estará nas mãos da Universidade de Coimbra (UC), que só tem parte do Colégio da Graça. ” [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro] E é isso que queremos mudar na próxima década. Isso não significa que não existiu na década anterior, mas pode ser muito melhorado “, disse ele.
De acordo com Luísa Trindade, o Plano de Gerenciamento agora estará esperando as contribuições de outros agentes, a saber, a Câmara de Coimbra, lembrando a intenção do município de buscar parcialmente Rua da Sofia, que seria “uma medida fundamental para o desfrute do patrimônio”. Para o funcionário, também seria importante comprar “pelo menos duas propriedades” (a grande maioria das faculdades é de propriedade privada), apontando para o caso do São Bernardo College, que, se recuperado, poderia funcionar “como o coração de Rua da Sofia”.
Se Rua da Sofia foi dividido no passado por um conjunto de proprietários, enquanto Alta de Coimbra teve um reforço da presença da Universidade durante o Estado Novo, a partir de uma perspectiva de uso monofuncional do espaço. Para Luísa Trindade, há uma quebra demográfica naquela área da cidade e “um processo muito poderoso de gentrificação” e mudanças significativas no tecido comercial que não responde mais à vida cotidiana dos cidadãos para se tornarem “uma monocultura turística, com restauração e lojas de lembranças“.
Um dos sinais dessa transformação da descarga é o aumento exponencial de moradias locais em Coimbra, que passou de 18 em 2013 para 592 em 2023 – a grande maioria na alta. “Populações e comunidades devem ser o nosso foco novamente. Isso não significa uma consternação de turismo, mas o tônico precisa se concentrar nessas populações”, disse Luísa Trindade durante a apresentação.
112 Ações de preservação
O plano de gerenciamento também aponta para 112 medidas para preservar e atacar problemas e ameaças do Patrimônio Mundial. O documento também está na elaboração e recepção de propostas, a saber, a Câmara de Coimbra, e Luísa Trindade espera que esteja pronta e fechada no final do ano.
Nas ações de conservação e requalificação previstas no plano de intervenções de curto prazo, estão incluídos os departamentos de matemática, física e química, o Museu de Ciência, o College of Crickets, o Palácio de Crickets, a Universidade de Coimbra, entre outros. O plano também prevê intervenção na Faculdade de Cartas, na Biblioteca Geral, nas escadas monumentais, na Faculdade de Artes e na acessibilidade do Polo I, com Luisa Trindade para apontar para a Faculdade de Artes como uma das intervenções de requalificação mais urgentes a serem feitas.
Na dimensão do conhecimento, o documento fornece vários estudos e inventários, portais, ações de treinamento enfrentadas pelo setor de turismo e um eixo cultural. Na promoção e disseminação, o plano aponta para a renovação do circuito visitante, entre outros.
Os objetivos do Plan incluem a criação de boas práticas de defesa e intervenção do patrimônio, promoção da interpretação, uso de ferramentas digitais, parcerias de reforço, envolvendo comunidades, gerenciamento de fluxo de visitantes sustentáveis, uma política abrangente de gerenciamento de coleta, promove a sustentabilidade da energia e mitigando possíveis riscos ambientais.
Para os jornalistas, Luísa Trindade disse que o plano de gerenciamento não tem um orçamento, porque é impossível fazê -lo, com muitas ações “a quatro, cinco e dez anos”, e é difícil ter investimentos planejados para todas as medidas defendidas.
De acordo com Luísa Trindade, a Associação de Ruas, que assume o papel da gestão do poço classificada, agora terá uma página da Internet “enriquecida”, registrando todas as intervenções que serão feitas, para garantir “uma comunicação transparente do que está sendo previsto e gasto”.
O reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, presente na sessão, enfatizou que a instituição faz um investimento muito maior na requalificação do patrimônio do que o que recebe com o circuito turístico. Admitindo uma “década difícil” em face da pandemia e da guerra, Amírilcar Falcão argumentou que a administração do bem classificada deve ser feita “com as forças vivas da cidade”.