Quase todos os magistrados fazem trabalho noturno e de fim de semana, o novo estudo realizado pela União de Serviços de Promotos Públicos (Smmp). Os profissionais que trabalham à noite tendem a trabalhar em média 14 horas por semana, além de 35 horas regulatórias. Quanto aos que trabalham no fim de semana, eles realizam mais oito horas por semana. Esse ritmo “é insustentável”, defende a psicóloga Tânia Gaspar, responsável pelo estudo, acrescentando que O “grande volume de trabalho” acabará sendo refletido, No médio prazo, na qualidade da saúde física e mental desses profissionais.
“Esses profissionais têm alto volume de trabalho, ótimas responsabilidades” e “sorte é que eles são pessoas extremamente motivadas e focadas”, explica Tânia Gaspar. Mas “o sistema não pode pensar que pode viver em horas extras crônicas” porque “no médio prazo, isso não será benéfico” para essas pessoas.
De acordo com a análise desenvolvida pela União, cerca de 93% dos magistrados admitem trabalhar à noite e cerca de 96% dizem que trabalham no fim de semana. O estudo, cujas conclusões são divulgadas no primeiro dia de greve pelos promotores do Serviço de Promotoria Pública, Baseia -se em uma amostra de 371 indivíduos, mas as conclusões são “representativas da população”, observe o Tânia Gaspar.
“Entre os que declararam trabalho noturno, foi determinada uma média semanal de 14,23 horas adicionais além das 35 horas regulatórias. Em relação ao trabalho nos fins de semana, os magistrados indicaram, em média, 8,07 horas por semana”, afirma o estudo.
Além de dedicar mais tempo às suas tarefas, o volume de trabalho também afeta a vida pessoal desses profissionais, defende o sindicato. “Se eles estão sempre sobrecarregados com emprego, há um desinvestimento em outras áreas”, como no nível das relações familiares e colegas, acrescenta o psicólogo. “E se não houver equilíbrio entre a vida profissional e familiar, eles correm maior risco de Burnout“Especialmente quando eles são colocados recorrente em” situações de estresse contínuo”.
Alguns magistrados que responderam à investigação do estudo até afirmam que o trabalho fora das horas é “absolutamente inevitável”, relatando a exaustão física e emocional. Por outro lado, outros entrevistados se queixaram da “falta de recursos humanos e materiais” e da “impossibilidade de cumprir os prazos dentro do horário normal de trabalho”, diz.
Para Tânia Gaspar, os promotores têm que Impor um “ritmo de trabalho saudável”, se tornando mais “assertivo” e precisa “melhorar o gerenciamento do seu tempo livre”. “O trabalho deve ser feito, mas não pode ser às custas da saúde. Se eles limitarem o trabalho extraordinário, poderão ser tomadas decisões”, reconhece.
No entanto, a mudança não pode apenas começar desses profissionais, pois esse é um “problema estrutural e de gerenciamento”. Como “os processos não param de entrar e ainda existem processos para resolver”, é necessário um plano para estabelecer: onde os recursos humanos estão previstos para lidar com casos que estão em atraso e para ajudar os magistrados em “maiores alturas de” estresse“E acumulação de trabalho.
A greve dos promotores da República está cancelando julgamentos e paralisando vários tribunais do país, com uma adesão que será cerca de 90% em todo o país, disse o presidente do SMMP, Paulo Lona, em declarações a Lusa.
Lembra -se que o sindicato dos magistrados tentou convencer o Ministro da Justiça da necessidade de um concurso especial de recrutar entre 100 e 200 promotores para resolver a falta de funcionários e sobrecarga de trabalho, mas isso não aconteceu. From the meeting on Monday, the 7th, with Rita Alarcão Judice, the SMMP did not expect answers that led them to distrust the strike, as the main point of discord-and motivated the strike-continues to be the deliberation of the Superior Council of the Public Prosecution Service about the annual movement of magistrates and the conditions of accumulation of defined service, which will oblige various departments and courts in September, from September, from September, simultaneously.