Na Galeria San Lorenzo Arte, Poppi
Elisa Zadi
Arezzo, 10 de julho de 2025 – No florescimento frágil, é o título da nova exposição pessoal de Elisa Zadi, que continua a temporada de exposições de 2025 da Galeria Sanlorenzo Arte, dentro da revisão ‘Motorcycles – Geografias da Arte Contemporânea, agora em sua terceira edição e em colaboração na Art Silvia Rossi.
A exposição editada por Silvia Rossi será apresentada ao público na sexta -feira, 18 de julho de 2025, às 18:00 na Galeria Sanlorenzo Arte, Piazza Bordoni 4, em Poppi di Arezzo. Há uma tensão silenciosa que atravessa esta exposição, como uma respiração leve que mantém pétalas e retalhos de carne, memórias e dobras de tecido, gestos interrompidos, quebras e continuações.
No frágil florescimento, existem figuras femininas que não aspiram a uma perfeição concluídas, mas são incompletas, às vezes desequilibradas, nunca pacificadas. Existências que deixam as margens vislumbrar: pequenos vazios, feridas delicadas, espaços de falta que se tornam áreas de estar de questão. Ele floresce, sim, mas sempre um pouco nas margens, como se uma respiração fosse suficiente para movê -la para outro lugar.
As obras de Elisa Zadi surgem de um gesto íntimo, quase secreto, que busca no fragmento uma verdade mais intensa de toda a história. Figuras e flores suspensas em um tempo indefinido: elas têm a cor da memória e a consistência de uma promessa mal sussurrada. Pequenas aparências negligenciam ao lado de composições maiores, estabelecendo um diálogo feito de chamadas e interrupções.
Como as clareiras que pedem para serem cruzadas lentamente, porque somente dessa maneira elas podem revelar seu enredo fino. O olhar flui entre as telas, como conduzido um fio invisível, repousa sobre os corolas que se abrem ao meio, nas retalhos de tecido, nas figuras que trazem consigo o esforço e a graça do ser.
Aqui, a fêmea não se mostra como uma complacência estética, mas como uma busca, como uma pergunta não resolvida que atravessa a pintura e refrata a luz que repousa nas superfícies. Há algo profundamente político nesse frágil floreio: ao optar por não concluir, deixar espaço para a falta, reivindicar a beleza dos imperfeitos. Um ato que fala de iguaria, mas também de força teimosa. De quebras brilhantes que permitem que você veja melhor o que normalmente se afasta.
Esse floreio frágil é então um convite para parar, para se deixar tocar pelo que não é completamente composto, pelo que permanece esperando por um nome, pelo que pediu para ser visto sem julgamento. Como está ali, no ponto exato em que está faltando algo, que a luz repousa com mais intensidade, na qual uma nova forma de significado brota.