Pelo menos 20 pessoas morreram na quarta -feira enquanto aguardam assistência humanitária em um dos centros de distribuição da gama Gaza operados pela Fundação Humanitária de Gaza (FHG), de acordo com a própria empresa.
Nesses centros, descritos pela ONU como “armadilhas mortais”, pelo menos 875 pessoas morreram nas últimas seis semanas.
Nesta quarta -feira, 19 pessoas foram esmagadas pela multidão e uma foi esfaqueada em um centro de distribuição FHG em Khan Youis, no sul de Gaza. A empresa apoiada pelos EUA e Israel culpa os indivíduos “armados e afiliados no Hamas” pelo incidente.
“Temos razões credíveis para acreditar que os elementos da multidão – armados e afiliados no Hamas – deliberadamente instigaram os tumultos”, disse FHG através de comunicado.
Foi a primeira vez que a FHG reconhece as mortes dos centros de distribuição operados por si só, até agora criticando relatórios de incidentes do mesmo gênero e acusando a ONU de usar dados “falsos e enganosos” fornecidos pelo Hamas, diz a BBC.
As autoridades locais de saúde disseram à Reuters que pelo menos 20 pessoas morreram sufocadas no local e um dos médicos disse que a multidão estava em um local apertado e foi esmagado.
Israel determinou a FHG a distribuir ajuda humanitária à população de Gaza desde o final de maio, no final de um bloqueio de onze semanas que agravou a fome entre os civis, mas a decisão foi amplamente criticada pelas Nações Unidas que apontam a falta de preparação para os elementos da fundação para executar essas funções.
Segundo a ONU, o modelo de operação da FHG é “intrinsecamente inseguro” e viola as regras de imparcialidade em relação à ajuda humanitária.
A FHG realiza seu trabalho fora do sistema de ajuda criado pelas Nações Unidas e usa profissionais de segurança e logística privados. Segundo Israel, esse modelo reduz o risco de saquear pelo Hamas.