Falando a jornalistas do Sea Science Research Institute, Horta, Faial Island, Açores, ele disse que “faz sentido que o governo da República e os governos regionais se sinta na mesa” depois de “situações que não facilitaram falar sobre finanças regionais”, agora abordam a questão.
“Estou dizendo que este é o momento antes de outra crise chegar. Porque é um momento que não é gordo, mas são vacas que não são tão magras quanto nos últimos anos. Se você espera outro tempo em todo o mundo, europeu ou nacional, é aí que não é mais tempo comparável hoje”, acrescentou.
Marcelo argumentou que “neste momento, há uma situação que nos permite pensar, confrontar números e encontrar soluções”, reforçando o aviso de que é necessário “fazer uma pausa entre crises para ver o que é possível acordar, consensualizar” porque “então veio novas crises”.
O Presidente da República enfatizou que “existem situações criadas pela não revisão periódica da lei financeira regional”, que se traduzem em “situações financeiras muito difíceis para as regiões autônomas”.
“Apenas veja a descontinuidade física para perceber isso. E as dificuldades que isso implica nas tarifas do ar, a mobilidade dos bens, o preço dos produtos, que na maioria das vezes não são produtos fabricados, fabricados pela indústria nas regiões autônomas”, ele exemplificou.
Marcelo também disse que entendeu que o governo afirma ter “muitos pedidos” e “que não há dinheiro para tudo”, mas acrescentou que esse é um problema que decorre da Constituição e a “natureza do estado português, que é um estado regional”, que possui duas regiões autônomas com “condições econômicas e financeiras mais complicadas do que as regiões dos contínuos”.
No debate do Estado do Estado, em 17 de julho, o primeiro -ministro afirmou que o executivo está disponível para dialogar “mais intensamente” sobre a revisão da lei de finanças regionais, acrescentando que ele provocou um Conselho de Ministros com a participação de presidentes de governos regionais.