Na nota publicada hoje no site da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa explica que ele deu ‘luz verde’ ao diploma depois de receber esclarecimentos do executivo sobre o assunto.
Em outubro de 2023, o presidente da República havia vetado o documento preparado pelo governo de António Costa para começar com a privatização da torneira.
Na época, Marcelo Rebelo de Sousa decidiu devolver o diploma, aprovado pelo Conselho de Ministros em 28 de setembro daquele ano, considerando que “ele levantou várias dúvidas e elips à luz da transparência máxima desejada do processo”.
Após a promulgação do Decreto-direito pelo Presidente da República e a aprovação do livro de acusações, a fase de pré-qualificação das partes interessadas será seguida por 60 dias.
De acordo com o modelo apresentado, o estado avançará, na primeira fase, com a venda direta de até 49,9% do capital da empresa, dos quais 5% serão reservados aos trabalhadores, conforme determinado pela lei de privatização. Se toda essa parcela não estiver inscrita, o comprador terá o direito de preferencialmente no remanescente.
O processo de reprivatização foi formalmente iniciado em 10 de julho, com a aprovação da lei do decreto que estabelece os termos da operação. Agora, segue a aprovação do Livro de Encargos que definirá os critérios técnicos, legais e administrativos da venda.
Além da TAP, o processo inclui ativos como português, unidade de saúde da empresa, Cateringpor (51% detido por TAP) e SPDH, anteriormente Groundforce. A inclusão de ativos imobiliários da “Tap Stripe”, tão chamada, adjacente ao aeroporto de Lisboa, continua a decidir, e sua integração está sendo equiparada no projeto futuro “Parque Cidades Do Tagus”.
O executivo estima que conclua as quatro etapas da operação dentro de um ano, embora o calendário esteja sujeito a autorizações regulatórias. Parpúb Blica será responsável pela análise das propostas e pela preparação do relatório técnico para se submeter ao Conselho de Ministros.
Entre os grupos europeus que já manifestaram interesse no processo estão Lufthansa, Air France-KLM e o International Airlines Group (IAG), que controla a Ibérica e a British Airways.