Um projeto para criar 122 novos fogos de artifício, escritórios, comércio e uma nova rua na terra da antiga Aurificia Company, uma unidade de fábrica instalada na década de 1860 em um mais velho, está sendo processado nos serviços de urbanismo da Câmara do Porto.
O antigo complexo industrial da Aurificia Company é inserido em uma terra com uma área de mais de 19 mil metros quadrados e este novo projeto visa criar uma nova estrada que conectará a Rua dos Bragas a Rua de Álvares Cabral, dividindo a área em duas parcelas cujas obras de urbanização ainda estão sendo licenciadas em dois processos distintos.
Por enquanto, a Câmara do Porto aprovou, em 21 de fevereiro deste ano, uma solicitação de informações anteriores (PIP) para “a criação de duas parcelas para comércio, serviços e moradias”.
De acordo com uma memória descritiva datada de dezembro, anexada ao PIP e consultada pela LUSA, na primeira parcela será reabilitada seis edifícios pré-existentes que são classificados como um conjunto de interesses públicos. Dos seis, existem dois edifícios que serão destinados à habitação, outro para “serviços”, um será adaptado aos escritórios e um edifício que correspondia à casa do proprietário da empresa, dada a sua “espacialidade única”, será convertida em um restaurante.
Um sexto edifício, também destinado a escritórios ou comércio, resultará da junção de dois edifícios existentes de frente para Álvares Cabral Street e até agora funcionavam como um armazém e garagens. As fachadas serão mantidas, mas o interior será reconstruído. Já na segunda parte, atravessada pela fonte de Paranhos, será construída dois novos edifícios para a habitação.
De acordo com a sede da PIP, este novo projeto prevê a criação de estacionamento privado, ou seja, 252 assentos, em “cravo enterrado”.
A nova rua que será criada coexistirá a estrada, ciclismo e circulação de pedestres, mas o tráfego de carros será condicionado, e a passagem de forças de segurança e proteção civil está prevista.
Além da criação desta nova estrada, 400 metros quadrados da área a serem dados ao domínio público são destinados a áreas verdes.
Em uma memória descritiva, está escrito que um dos objetivos do projeto é “preservar elementos históricos existentes, como caminhos (Carris e pisos), vegetação e elementos da antiga fábrica, que agora adquirem um caráter quase escultural, para marcar a memória do local”.
Em relação ao processo de licenciamento, a Câmara do Porto esclareceu a LUSA de que “o projeto de arquitetura (de ambas as parcelas) não foi aprovado e aguarda as opiniões de entidades externas e serviços municipais”.
O projeto foi entregue ao Escritório de Arquitetura de Portuense Ventura + Partners e o proprietário do trabalho é o fechamento Aurificia -sic, a SA, uma empresa detida por Vasco Pacheco Couto, que até 2018 pertencia à administração de Telhabel e ao investidor suíço Daniel Klein.
Em dezembro de 2012, o governo classificou como um interesse público da empresa aurífica, referindo-se a isso é uma “herança excepcional” e “o exemplo mais bem preservado e coerente de uma instalação industrial do décimo nono-xxx na área metropolitana do Porto”.
Em 2013, a seção regional do norte da Ordem dos Arquitetos promoveu um concurso internacional de idéias para o bloco Aurificia, tendo vencido uma proposta para um hotel, uma residência para artistas, uma galeria para artistas e um parque público.