“O diálogo nacional em andamento representa uma oportunidade que os jovens não podem perder de vista. Portanto, apelamos aos jovens para organizar, participar ativamente e influenciar o processo, garantindo que os resultados desse diálogo reflitam as aspirações, prioridades e visão desta geração”, diz o IMD, em comunicado.
Hoje é o Dia Internacional da Juventude, que este ano é comemorado sob o lema “jovens que promovem a cooperação multilateral por meio de tecnologia e parcerias”, com a ONG moçambicana para perguntar a essa camada uma participação ativa na busca pela paz no país.
“Este é um passo essencial para construir uma nação mais inclusiva, pacífica e próspera para todos os moçambicanos”, argumenta a organização, pedindo a intervenção dos jovens no fortalecimento e consolidação do governo da lei democrática.
“Numa época em que o país enfrenta desafios estruturais ligados à ocorrência cíclica de calamidades naturais e conflitos políticos-militares, fraquezas das instituições democráticas, fraca capacidade de fornecer serviços públicos de qualidade, altos níveis de crescimento urbano e migração urbana e dependência econômica.
O IMD também elogia os esforços dos jovens para combater a insurgência na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambica, que tem sido alvo de ataques terroristas desde 2017, apelando para a cidadania ativa na construção de “uma nação mais justa, coesa e democrática”.
O presidente moçambicano, Daniel Chapo, promulgou em abril a lei sobre compromisso político com um diálogo nacional inclusivo, passou dias antes no Parlamento, com base no acordo entre o presidente da Moçambicano e os partidos políticos, assinou em 5 de março, para superar a violência e a agitação social que se seguiram às eleições gerais de outubro.
O acordo para a pacificação de Moçambique levou à criação da Comissão Técnica para o Diálogo Nacional (Cote), que lidará com a definição de forças de segurança republicanas e não partidárias em dois anos, um novo modelo eleitoral e a revisão da Constituição.
De acordo com a lei, entre outras funções, também depende do Estado conduzir a reforma do estado, a saber, na “revisão da Constituição, sistema político, poderes do chefe de estado, descentralização de instituições, descentralização e desconcentração política, econômica e financeira, incluindo a reforma fiscal”.
Ele também deve preparar a reforma do sistema de justiça, a saber, o “mecanismo de nomeação dos detentores dos órgãos da justiça e sua independência financeira e administrativa” e a reforma do sistema eleitoral “Definindo um novo modelo, composição do órgãos eleitorais da administração eleitoral, direito eleitoral, contribuindo para a integridade do processo integral do processo inteiro”.
Moçambique vive desde as eleições de 9 de outubro de 2024 Um clima de agitação social, com manifestações e paradas chamadas por Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram Victoria a Daniel Chapo, apoiado por Frelimo, partido no poder, jurado como quinto presidente do país.
Cerca de 400 pessoas morreram como resultado de confrontos com a polícia, conflitos que cessaram após reuniões entre Mondlane e Chapo em 23 de março e 20 de maio, com o objetivo de pacificação.
No entanto, Venâncio Mondlane, por não ser constituído na época, foi deixado de fora do acordo assinado em março com todas as representações políticas moçambicanas.