quinta-feira, agosto 21, 2025

A polícia deporta mãe para o Brasil, que deixa dois filhos menores em Portugal

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A Polícia de Segurança Pública (PSP) deportou, de Lisboa ao Brasil, na tarde de quarta -feira (20/08/20), o brasileiro detido na terça -feira ao retornar de férias com a família. Ela foi separada dos dois filhos, um 8, outro, 6, que agora estão sob os cuidados de seu pai em Cascais. A família, que vive em Portugal há dois anos e meio, estava voltando de férias, quando um agente de imigração determinou a detenção da mulher, alegando que ela não tinha permissão para morar no território Luso.

De acordo com o Brasil Público, o marido do brasileiro, Hugo Silvestre, depois de quase duas horas de espera na linha do aeroporto, o agente de imigração questionou o fato de que a mãe de dois filhos menores violaram o período de permanência em Portugal, 180 dias. A mulher, que trabalha remotamente para o Brasil, e seu marido explicaram que a família vive em Cascais e que o processo de documentação está em andamento com a agência de migrações e asilo (AIMA), que não cumpre os prazos fornecidos por lei.

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Hugo tem o título de residência pela CPLP (comunidade de países de língua portuguesa) e pediu que a família se reagrupe para mulheres e duas crianças. O problema é que a AIMA não cumpriu a solicitação, que forçou a família a apelar ao tribunal, o que deu uma liminar forçando o órgão responsável pelas migrações em Portugal a conceder documentação a todos os membros da família selvagem. Em resposta ao tribunal, a AIMA informou que Hugo havia participado em 25 de maio deste ano e, assim que a renovação de seu título de residência foi concluída, o processo de reagrupamento da família começaria.

Situação arbitrária

Embora ele tenha apresentado uma decisão judicial ao agente de imigração e à resposta de Aima ao tribunal, a mãe de dois filhos mais novos, que nunca se separou dela, foi levada para a sala de detenção do aeroporto. Somente as crianças e o pai foram autorizados a pisar no solo português. “Temos uma vida estruturada em Cascais, nossos filhos estão regularmente matriculados na escola, pagamos todos os impostos no país. Nada justifica essa situação arbitrária”, diz Hugo. Nem Aima nem o PSP responderam às informações solicitadas pelo Brasil Público.

Desde terça -feira de manhã, quando a mulher foi detida pelo PSP, Hugo tentava libertá -la. Os advogados chamaram por ele, Rafaela Lobo e Tatiana Kazan, provaram todos os laços familiares com Portugal, mas a polícia era irredutível. O que o marido tinha mais temido: a mãe de seus dois filho foi deportada em um voo que saiu à tarde de Lisboa para Recife, Pernambuco, onde eles haviam embarcado em casa, nem sonhando com o pesadelo em que viveriam.

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Hugo relata que, desde o início, o PSP já estava determinado a deportar sua esposa. “Como todo o nosso toque reverso está em meu nome, com meu telefone, recebi uma mensagem na terça -feira à noite dizendo que o voo às 23h naquele dia havia sido cancelado e que os passageiros seriam realocados para o voo do dia seguinte (quarta -feira), às 17h. Ou seja, a polícia já havia reservado um voo para ela.

Crianças incomniláveis

Segundo o marido, o tratamento dado à mãe de seus filhos era “tão cruel” que eles não o deixaram entregar uma mala com seus pertences pessoais para que ela pudesse retornar ao Brasil em condições decentes. “Eles a levaram para o avião, assim como eu estacionava no aeroporto. Pedi a eles que entregassem as coisas dela, mas recusou -se. Ela foi levada ao avião com pressa, como se fosse um bandido. Simplesmente não lidava com ela, o que seria demais”, diz ele. “Esse comportamento policial não tem nada humanizado, pelo contrário, é abusivo”, diz a advogada Tatiana Kazan.

Mesmo no Brasil, já nas primeiras horas da quinta -feira (21/08), a mãe deportada foi submetida a “situações vexatórias”, de acordo com Hugo. “Para ter acesso ao passaporte, ela foi retirada do avião por um agente para o balcão da polícia federal em Recife. Lá ela teve que fazer todo o relatório do que havia acontecido em Portugal. Não apenas. Quando ela passou pela alfândega, mas estava sem bagagem, ela foi direcionada a uma sala e, novamente, teve que denunciar tudo o que vivia no aeroporto de Lisbon”, diz Hugo.

A família Silvestre, agora separada, tentará no tribunal o direito de se unir novamente em Portugal, onde Hugo, que é advogado, trabalha como administrador de uma empresa. É apoiado pelo artigo 81.5 da lei estrangeira (23/2007), que prevê o reagrupamento familiar de cônjuges e filhos menores. O governo de Portugal tentou, com um pacote anti-imigração aprovado pela Assembléia da República com o apoio do direito populista radical, restringe esses direitos o máximo possível, mas foi impedido pelo Tribunal Constitucional.

“Apesar de tudo o que fizeram com minha esposa, não vou desistir de Portugal. Minha vida está no país. Trabalho, meus filhos estudam, temos em casa, amigos, pagamos impostos”, diz Hugo. “Só deixarei Portugal se eles me expulsarem com meus filhos”, enfatiza ele. Ele pedirá à justiça que envie Aima para acelerar a família da família se reagrupando e aproveitar o retorno da mulher para casa. “Meus filhos são inconsoláveis, eles querem a mãe com eles o mais rápido possível”, diz ele.

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