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Apesar da cordialidade em negociar entre os diplomatas brasileiros e portugueses que se reuniram na quinta -feira (21/08), o Brasil subiu ao tom em relação à lei de nacionalidade portuguesa (31/81), que passará por mudanças para dificultar o acesso à cidadania portuguesa. As propostas nesse sentido foram apresentadas à Assembléia da República pelo governo de Luís Montenegro e devem ser avaliadas pelos parlamentares em setembro, após o recesso de férias.
Durante a reunião, o público brasileiro aprendeu, os diplomatas brasileiros colocaram sobre a mesa a proposta que Portugal insere, no projeto que está no Parlamento, uma advertência em relação aos brasileiros, que seria deixada de fora das restrições desejadas pelo primeiro -ministro, juntamente com esse tema da chegada do radical radical radical. Para o Brasil, é inadmissível que os brasileiros que vivem em Portugal tenham tratamento semelhante aos de outros imigrantes, em vista das instalações dadas aos portugueses no território brasileiro.
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Ele diz que um diplomata do Brasil: “A possibilidade de os portugueses obterem a cidadania brasileira está na Constituição Federal, no artigo 12, no parágrafo 1, e isso foi previsto pelos constituintes em 1988. Nada mudou disso na época”. Ele acrescenta que os portugueses que vivem legalmente no Brasil por apenas um ano podem exigir nacionalidade, apresentando apenas um certificado de adequação. “Em Portugal, os brasileiros precisam viver pelo menos cinco anos legalmente no país, um prazo que pode aumentar para sete anos e ainda esperar três anos para o documento sair”, diz ele.
Além disso, destaca o mesmo diplomata brasileiro, quando eles pousam no Brasil, os portugueses só precisam ir a um cargo de polícia federal para solicitar a permissão de residência, enquanto, em Portugal, o acesso ao documento legal toma, na melhor das hipóteses, dois anos. “Esse atraso, mesmo, resulta em casos absurdos, como a mãe brasileira que foi deportada, na quarta -feira (20/08), de Lisboa ao Brasil, por falhas da AIMA (Agência de Integração, Migrações e Asilo), que não fez o reagrupamento da família. Era separado de duas crianças menores (uma, 8, outra, 6)”, diz ele.
Resposta em breve
Dados os argumentos apresentados pelo Brasil, os diplomatas portugueses estavam dando uma resposta em breve. Para propostas de mudanças na lei de nacionalidade, o governo de Luís Montenegro prevê um aumento de cinco a sete anos do tempo mínimo de residência legal em Portugal, de modo que os cidadãos da comunidade de países que falam portugueses (CPLP) possam exigir nacionalidade portuguesa e de cinco a 10 anos no caso de outros estrangeiros. O Brasil quer um tratamento separado nessas regras.
O governo de Portugal sabe que não será fácil atender ao pedido do Brasil, devido à onda que assume a União Europeia para restringir o acesso à cidadania dos países membros do bloco. Se a opção é fazer cumprir as regras mais restritivas, com o apoio da Assembléia da República, o Brasil está disposto a fazer alterações na Constituição para impor aos portugueses as mesmas regras em vigor em Portugal. Para isso, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva terá que propor mudanças no Congresso Nacional e reunir pelo menos dois terços dos votos dos parlamentares.
Procurada pelo público do Brasil, o Ministério das Relações Exteriores se recusou a comentar. A ordem dentro do governo português não deve fazer barulho em torno da lei da nacionalidade, para não arriscar outra derrota no Tribunal Constitucional, que vetou o pacote anti-imigração que tornou a lei dos estrangeiros muito restritiva, dificultando, acima de tudo, reagrupar a família.