sexta-feira, agosto 22, 2025

Incêndios em Portugal. A evolução da resposta do dispositivo ao minuto

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“Os incêndios em Portugal geralmente são apenas objeto de debate político enquanto estão acontecendo. Em um ano ‘normal’, depois de setembro, ninguém quer saber mais sobre o assunto. Este ano não é mais ‘normal’ a partir do momento em que excedemos 200 mil hectares de área queimada, então eu impedir que o tema dos incêndios seja parte da campanha de eleição”, antecipou Joaquim Sandea.

O investigador da ecologia de Fogo no Centro de Pesquisa sobre Recursos Naturais, Meio Ambiente e Sociedade (CERNAS) do Instituto Politécnico de Coimbra, acrescentou, em declarações à LUSA, que existem municípios com áreas extremamente altas e com altos danos.

Portanto, ele enfatizou que o tema certamente estará presente nesses municípios na campanha para os municípios de 12 de outubro.

O Presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil (CEIPC), Duarte Caldeira, confirmou que “tradicionalmente, por muitos anos, a responsabilidade dos municípios em relação à proteção civil em incêndios gerais e florestais, em particular, foi entendida como circunscrita no apoio concedido a bombeiros”.

“A partir de 2017 e as consequências que ocorreram, nas quais a responsabilidade que os municípios também têm, além da administração central, na proteção civil, há uma mudança muito significativa” e “um aumento mais pronunciado” no investimento e prestação de contas dos prefeitos, explicou.

O incêndio florestal lançado em 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande (Distrito de Leiria) e se espalhou para os distritos de Castelo Branco e Coimbra causou 66 mortos e mais de 250 feridos, e em outubro do mesmo ano morreu 51 pessoas e mais de 70 foram feridas, em 14 de bombeiros em 14 distritos municipais de Nine Districs.

Duarte Caldeira, também ex -presidente da Liga de Bombeiros portugueses, lembrou -se de um estudo de 2013, sob o CEIPC, para os programas eleitorais em 10 municípios, com três tipologias – do norte e do centro, acentuadamente rural; da interface, com área urbana e rural e espaço florestal significativo; e Urban, no caso Sintra e Matosinsinhos.

De acordo com as conclusões, “houve um desinteresse significativo nos programas eleitorais sobre medidas municipais nesse domínio” do sistema de proteção civil e intervenção nos espaços florestais.

“Particularmente após os incêndios de 2017, dado o impacto e o começo cívico que representavam os danos causados, seja nas mortes e no patrimônio e no território, houve um tipo de aviso aos municípios por seu papel na gestão de espaços florestais e rurais e interconexão com a segurança das populações”, disse Duarte Caldeira.

Veja  2H Edição de Pedro Guilherme

O líder do Grupo de Estudos do Território e do Meio Ambiente (Geota), João Joanaz de Melo, admitiu que, do que ouviu de alguns candidatos, ele não ouviu nada sobre incêndios, mas até entende, porque “é um tema difícil, onde as câmeras têm algumas habilidades importantes, mas poucos meios e pouco”.

“As grandes orientações, no nível do planejamento territorial e pagamento dos serviços de ecossistemas, devem ser nacionais, mas são curtas, não distratas e com meios escassos. Coordenação operacional da escala regional e sub -regional”, disse ele.

Para Paulo Lucas, a partir da direção da Associação de Sistemas Terrestres Sustentáveis, a menos que os incêndios ocorram no meio da campanha eleitoral, “isso” não é um tema “nas candidaturas.

“Ele tem a ver um pouco com as limitações das atribuições e competências dos municípios nesse assunto”, disse o ativista, observando que, apesar das atribuições no planejamento do território, as competências dos prefeitos de proteção civil estão “apenas no nível do nível do conselho, o que realmente faz meros espectadores do que está acontecendo”.

“Sempre existem nas propostas dos candidatos o apoio do corpo de bombeiros. Isso é seguro porque o primeiro nível de trabalho em equipe de um conselho da cidade, que tem seus próprios serviços municipais de proteção civil, é a cooperação com as empresas de brigas de bombeiros do município”, diz o prefeito de Aveiro, José Ribau Estéves (PSD).

Também vice -presidente da Associação Nacional de Municípios portugueses (ANMP), que estrelou sete campanhas eleitorais e participou “em três ou quatro sem ser candidato a prefeito”, admitiu que há candidatos que “têm um programa com menos detalhes”, mas “é importante que, nas aplicações, exista a abordagem da matéria”.

“Esse tema deve entrar no discurso dos prefeitos, não sei se nos programas de campanha ou isso, mas precisa entrar, porque os prefeitos, em particular em algumas regiões, sentem bem o problema e muitos conhecem bem a realidade e têm intervenção”, disse Domingos Xavier Viegas.

O Diretor do Centro de Estudos de Bombeiros Florestais (CEIF), a Universidade de Coimbra, reiterou que os programas de campanha do prefeito deveriam abordar a questão “mesmo cada vez mais envolvido na definição dos programas de prevenção e proteção do território”.

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