Falando a Lusa, Sérgio Raimundo confirmou que a defesa foi notificada na terça -feira sobre o início da instrução contraditória, exigida “por mais de um ano”.
A instrução contraditória é uma fase opcional dos procedimentos criminais angolanos, nos quais se destina a determinar a viabilidade da acusação para provar a decisão do tribunal de deduzir a acusação, levar o réu a julgar ou registrar a instrução inicial.
O advogado de Isabel dos Santos enfatizou que o promotor deveria ter apresentado a acusação ao juiz em dez dias, estranhamente o atraso na decisão, desde janeiro do ano passado, o procurador -geral, Helder Pitta Groz, disse que o caso criminal contra Isabel dos Santos seria enviado ao tribunal nos próximos dias.
A empresária, filha do ex -presidente José Eduardo Dos Santos (já falecida), é acusada de onze crimes no processo envolvendo sua administração na empresa de petróleo do Estado Angolano, entre 2016 e 2017.
Isabel dos Santos is accused of embezzlement, qualified scams, abuse of power, confidence, document forgery, criminal association, economic participation in business, influence trafficking, capital fraud, tax fraud and qualified tax fraud, in a process that also involves Paula Oliveira, friend and partner, her former manager Mário Leite da Silva, her former financial administrator at Sonangol Sarju Sarju Consultant Pricewaterhousecooopers (PWC).
Os réus causarão a perda do Estado Angolano de mais de US $ 208 milhões (190 milhões de euros), envolvendo salários pagos indevidamente, vendas com perda, fraude fiscal e pagamentos fraudulentos às empresas.
Sérgio Raimundo considera estranho que só agora o Tribunal tenha sido pronunciado, acrescentando que essa é uma das questões anteriores que ele colocará antes do início da instrução contraditória.
“A defesa solicitou a abertura de instruções contraditórias para contradizer a versão da acusação por mais de um ano. Somos notificados ontem e estamos identificando quais aspectos podem ser atacados, mas esse prazo é visível”, disse o advogado de Isabel dos Santos.
“Caminhamos em um contra -marhológico e mal tivemos tempo de consultar o processo. Por quase um ano e meio estávamos esperando e agora somos notificados na terça -feira para começar na quinta -feira seguinte”, disse ele, enfatizando que essa decisão “enfraquece a defesa”.
“Isso não é inocente, é intencional”, acrescentou.