Nas palavras de Maria Amelia, a tristeza e a saudade de um projeto que mudaram sua vida e isso anunciou, um ano depois, o fim. “E agora? Isso realmente vai acabar, não é?” Perguntou à mulher no final de um concerto que encheu o auditório da Casa da União de Campanhã, a União da União do Porto. Ela foi uma das pessoas sem -teto que participou do canto de abril, um projeto nascido da gana para mudar o mundo de José António Pinto, assistente social do Conselho Paroquial de Campanhã.
Em maio de 2024, como parte da celebração do 50º aniversário de 25 de abril, José António Pinto desafiou Abilio Menezes, André Sousa e Marco Nobre a formar os “Technicians Unidos de Campanhã”. O quarteto, todos os assistentes sociais daquele território da cidade, procurou um grupo de pessoas em uma situação de pessoas sem -teto do Porto. Juntos, eles não formaram uma banda, mas um coletivo de pessoas para as quais os direitos não devem estar no papel.
Com o lema “Se April foi cumprido, nosso teto não era a rua”, cantando abril estava crescendo em ensaios semanais em albergues. Com a capacidade revolucionária de afeto e imprevisível (e talentos impressionantes, como a de Sandra Sousa), eles subiram ao palco: das galerias da Mira à Avenida Dos Alias, no show em 25 de abril. Nesta quinta -feira, eles fecharam o projeto com o lançamento de um vinil e um concerto. Na primeira fila-e depois no palco-o artista Cátia Oliveira, conhecido como a garota, se juntou ao grupo. Ele cantou com eles “liberdade”, de Sérgio Godinho, emocionou a sala com “urgentemente” e não se despediu sem uma promessa: “Qualquer dia que você cantará para um concerto”.
Na platéia, pessoas de todas as idades, de todos os artesanatos. E os candidatos da esquerda para a câmara do Porto: Sérgio Aires, de Be, Diana Ferreira, da CDU, e Hélder Sousa, de Livre. Manuel Pizarro fracassou, que também foi convidado, e o resto – que não o fez. “Por que não convidamos candidatos de certo -não fazia sentido. Porque se há pessoas na rua, é por causa de suas políticas”, ele assumiu Chalana, como Jose António Pinto é conhecido, deixando uma promessa e um desejo:Estamos aqui para resistir. Oxalá Freedom Pass aqui em setembro. ”
Pelo auditório CGTP aprovado. Ele se fez ouvir. Nas letras da música e slogans. Com os punhos erguidos que garantiram que o amor é mais forte que o ódio (havia tempo para dedicar uma música a Lopes, o ator espancado por dias pelos neonazistas) e que abril não é apenas para comemorar: é para garantir que nunca termine. Mariana Correia Pinto