domingo, julho 20, 2025

Washington proíbe juízes da Suprema Corte brasileira de entrar nos EUA

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O governo de Donald Trump anunciou na sexta -feira a proibição de entrada nos Estados Unidos do juiz Alexandre de Moraes, a Suprema Corte do Brasil (STF), inclusive de seus membros da família e “seus aliados” no tribunal.

A punição ocorre depois que Eduardo Bolsonaro procurou mudar influências da Casa Branca, para que o juiz Alexandre de Moraes seja o alvo das sanções dos EUA, como uma maneira de levar o STF para registrar o processo por tentativa de golpe contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que corre o risco de uma sentença de 40 anos se condenada.

O anúncio foi feito na rede social X pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. “Ordei a revogação imediata do visto para Moraes e seus aliados no tribunal, bem como para membros diretos da família”, escreveu ele. Rubio justificou a decisão de que Bolsonaro estava sendo objeto de “bruxas políticas” da Suprema Corte.

“O presidente dos EUA já havia deixado claro que esse governo responsabilizará os cidadãos estrangeiros pela censura da liberdade de expressão nos EUA”, acrescentou o governante.

O secretário não citiza nominalmente os outros juízes do Supremo na mensagem, nem fornece detalhes de como a ordem será oficializada. Necessário para responder como isso acontecerá, o Departamento de Estado precisou fornecer detalhes do alcance da medida, pois é informações sensíveis e pessoais.

O procurador -geral brasileiro Paulo Gonet, o delegado da polícia federal Fábio Schor e outros juízes supremos, exceto Kássio Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux (com posições mais próximas dos bolsos), disseram ter visto seus vistos no Revoked Us. Já em maio, os membros do Departamento de Estado disseram aos bolonaristas que a ordem de restrição de vistos deve chegar a esse grupo.

O juiz Luis Roberto Barroso, presidente da Suprema Corte, foi este mês em Miami, alguns dias antes do presidente dos EUA ameaçar o Brasil com o aumento das tarifas. Segundo uma pessoa com acesso às autoridades que trataram a questão, a Casa Branca conhecia a presença do juiz em solo americano.

Na época, um aliado de Trump disse ao S.Paulo Folha O fato de a entrada do magistrado não ter suspeitas sobre a estratégia que Trump adotaria em defesa de Bolsonaro.

A medida anunciada nesta sexta -feira é complementar ao que foi anunciado em maio pelo Departamento de Estado. Na época, Rubio decidiu restringir a entrada dos EUA de autoridades estrangeiras que, na opinião do governo dos EUA, violam a liberdade de expressão.

A lei de Magnitsky, que permite a aplicação unilateral de punições a estrangeiros acusados de corrupção grave ou violações sistemáticas dos direitos humanos, foi apontada pelos críticos de Moraes como possível justificativa legal contra o ministro. Essa sanção, que inclui o congelamento de qualquer bem ou ativo que Moraes nos tenha, ainda está em avaliação. Haverá um rascunho na Casa Branca esperando a assinatura de Trump, mas nenhuma sanção financeira foi aplicada.

Veja  Cartas para o diretor

A ordem do governo dos EUA foi anunciada no mesmo dia em que Bolsonaro era alvo de um mandado de busca da polícia federal brasileira, com base precisamente com a acusação de pagar contra a soberania do Brasil ao articular medidas no exterior contra “agentes públicos do estado brasileiro”. O ex -presidente é obrigado a usar pulseira eletrônica e não pode abordar embaixadas e consulados estrangeiros.

Em maio, Rubio, chefe da diplomacia dos EUA, disse em uma audiência na Comissão Estrangeira da Câmara de Representantes que o governo Trump estava analisando possíveis punições contra Moraes, a primeira vez que um representante da Casa Branca aventurou publicamente essa hipótese.

“Está em análise neste momento e há uma grande possibilidade de acontecer”, disse ele.

O STF foi procurado para comentar sobre este anúncio, mas ainda não se manifestou. Planalto Palace e Itamaraty também não comentaram.

“Há muito mais por vir!”

Eduardo Bolsonaro, que mora nos EUA desde março, comemorou a decisão do governo dos EUA nas redes sociais. “Não consigo ver meu pai e agora tenho autoridade brasileira que também não pode ver os membros de sua família nos EUA”, escreveu o filho do ex -presidente, acrescentando: “Há muito mais por vir!”

Desde a passagem de Bolsonaro pela presidência brasileira (2019-2022), Moraes se tornou um dos principais atormentadores do ex-presidente e seus aliados. Não apenas porque ele foi escolhido como relator das principais investigações da corte contra bolsos, também porque presidiu o Tribunal Eleitoral Superior durante as eleições de 2022 que deram a vitória a Luiz Inacio Lula da Silva.

Eduardo Bolsonaro e Moraes alvos nos EUA, como o ex -apresentador da Rádio Pan Paulo Figueiredo, levou as autoridades dos EUA ao discurso de que o magistrado do STF é responsável por censurar e cometer violações dos direitos humanos.

Uma primeira ação de Trump, a característica de pressão da família Bolsonaro, ocorreu em 9 de julho, quando o presidente dos EUA anunciou um aumento de 50% nas taxas de produtos importados do Brasil, com o argumento de que Bolsonaro estava sendo perseguido pelo STF com a conivência do presidente Lula Da Silva.

A família Bolsonaro, em seguida, condicionou publicamente o fim da sobretaxa para os produtos brasileiros a uma amada ampla, a ser aprovada no Congresso, para livrar os participantes do ataque de golpe de 8 de janeiro e os acusados pela conspiração de golpe de 2022 para impedir a inauguração de Lula.

Bolsonaro, inelegível até 2030 por condenações no Tribunal Eleitoral, é nomeado na investigação como líder da conspiração e deve ser julgado ainda este ano.

Se condenado por crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do governo da lei democrática, golpe, dano qualificado pela violência e séria ameaça contra o patrimônio público e a deterioração dos ativos listados, pode ser condenada a uma penalidade de mais de 40 anos de prisão.

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